sábado, 8 de outubro de 2011

Minha Xamã

Minha Xamã
Não precisei ir ao Peru.
Não precisei ir à Índia.
Não precisei ir aos templos sagrados.
Não precisei fazer peregrinação em terra estranha,
para conhecer sobre os mistérios da alma humana,
para conhecer a morte e a ressurreição,
para ir à loucura e ao caos existencial.
Minha xamã,
eu te agradeço a possibilidade de conhecer-me
da maneira que me conheço agora.
Sem teus ensinamentos
nunca teria a possibilidade
de conhecer tanto sobre a alma humana.
Pude destruir todas minhas crenças,
todas minhas certezas.
Enfrentei todos meus medos.
Agora eu só posso agradecer à minha xamã,
que me deu a possibilidade de experimentar a morte
e me deixou lá,
para eu sobreviver ou morrer.
Eu sobrevivi.
Obrigado,
agora eu sou xamã.


Rolando Toro Acuña.
" A procura do essencial"

Nenhum comentário:

Postar um comentário